16 maio 2019

Ame seu corpo




Eu nunca vou superar essa alegria que tomou conta de mim, quando eu percebi que não precisava agradar ninguém. 
O nosso corpo não deve nunca, ser um motivo pra se esconder. Vai nas baladas sim! Vai nas piscinas e praias sim!! Coloca a pele à mostra sim!! Doente é quem é fiscal da vida alheia e acha que ta arrasando! 
A vida é uma só! Se vc não curte seu corpo, comece cuidando da sua saúde psicológica. Às vezes a gente acaba percebendo que o problema nunca foi nosso corpo, mas o amor e o cuidado que a gente tem com a gente.
Você não precisa ser como ninguém pra ser feliz! Basta ser vc mesmo.
Comece uma revolução! Ame AGORA seu corpo do jeito que ele é. 

Se precisar mudar, mude. Mas não deixe pra viver depois o que você pode viver agora.

31 julho 2018

Quem é você?



















Tem coisas na vida, que entalam na garganta forte, e se recusam a descer. Uma delas é perceber que aos 30, você não é nem um lampejo do que sonhou pra si mesmo. Mas será que esses sonhos são realmente meus? Mas espera! Eu não tô aqui pra reclamar da minha condição privilegiada. Eu tô aqui pra falar de como as expectativas sociais, talvez tenham me privado de ser muito mais, por muito tempo.

Eu sou uma mulher de 30 anos, nascida no Rio de Janeiro, criada com bastante regalias. Já fui pra Disney, morei na Zona Sul boa parte da minha vida, já tive motorista, estudei em ensino particular a vida toda, tive casa de veraneio, fiz curso de inglês, de teatro, de música e morei com os meus pais até quase 25 anos. Privilégios atrás de privilégios. 

Mas deixa eu dizer uma coisa pra vocês... Nada disso foi de graça. Em troca disso tudo, eu tive um infância/adolescência com muuuuitas cobranças e expectativas. Minha família esperava que eu fosse "alguém" na vida. Pra maior parte da sociedade, isso significa passar no vestibular (hoje em dia é no ENEM), se formar, ganhar dinheiro, ter um carro, um imóvel no seu nome e se for esforçado, passar num concurso público e estar seguro financeiramente. 

Pois bem. Eu segui na contramão dos paranauês todos. Fui mãe com 24 anos. Me formei na faculdade aos trancos e barrancos. Foi brabo. Cursei Publicidade e Propaganda. Que TODO MUNDO SABE que só dá dinheiro se você for o dono da agência, um escravo que vira noites em claro trabalhando igual um maluco, ou tiver um Q.I. (quem indica mesmo) fortíssimo! Eu obviamente não sou nenhum dos 3. E isso me gerou uma enorme frustração dps de formada. Eu não tinha como me matar de trabalhar com um bebê recém nascido. E eu não tenho costas quentes. Apresentei meu TCC grávida. Me formei 1 ano depois. E eu não conseguia nada. 

Me separei do pai da minha filha. E a situação piorava cada vez mais. Seguia fazendo freelas. Mal paga, mal conseguia pagar comida e contas por um bom tempo. Mas era minha única opção com um bebê em casa, e ninguém pra ajudar fisicamente. Minha família longe e impossibilitada. Eu me questionava o tempo inteiro pq não dava certo pra mim. Eu me frustrava sempre que tentava me encaixar e não conseguia.

Descobri que era mais que frustração. Era depressão. Em alguns dias, a sensação era de que o mundo ia me engolir e eu ia desaparecer. E achava que ninguém sentiria minha falta se isso acontecesse. Por muitas vezes sentei no chão do banheiro desejando que a minha vida acabasse. A minha alegria de viver foi indo embora aos poucos. Era cada vez mais difícil ter uma boa noite de sono. Às vezes, nem conseguia dormir. Eu já não tinha mais vontade de sair de casa. De ver ou falar com ninguém.  Eu queria criar. Desenhar, bordar, pintar, escrever... mas eu tava numa jaula dentro da minha própria mente. Eu não tinha forças. Eu chorava o tempo inteiro. A sensação era de impotência. Eu queria sumir.

Meu pai me ajudou com o aluguel desde a minha primeira separação. E isso me frustrava ainda mais. Afinal, eu já deveria ter o meu próprio dinheiro. Eu já deveria ter a minha vida nos eixos. Mas quem disse?? Eu hoje sei que tenho feito o melhor que eu posso todos os dias. Trabalho de 9 às 23h pra arcar com as contas e as despesas. E sim. Muitas vezes ainda me sinto como antes. Mas hoje eu SEI que essas expectativas sociais, não são minhas. E isso não é a felicidade. 

Eu conheço tanta gente que tem tudo, e não é feliz... tanta gente que acha que ter um carro, é mais bonito do que simplesmente reconhecer o privilégio que é poder acordar e ter a oportunidade de começar tudo outra vez... E eu posso dizer que eu sou feliz. Simplesmente pq eu não sou assim. 

Demorei. Mas percebi que quem eu sou, não depende do que eu tenho, ou do que pensam e esperam de mim. E se não fossem essas expectativas desleais, eu já poderia ser muito mais! 






25 dezembro 2017

Tô zen!

Sei que nesse momento, escrevo esse texto com o risco de nunca ser lida por ninguém. Afinal, quem sou eu na fila do pão? Mas ainda assim, sinto a necessidade de escrever. Com a chegada de um novo ano iminente, me peguei refletindo sobre como o ano de 2017, foi um ano incrível pra mim! Minha vida deu uma guinada totalmente inesperada com a chega do meu noivo (até o momento são 8 meses de relacionamento, mas que parecem uma eternidade). Me mudei para uma casa melhor (que às vezes mais parece um pequeno pedaço do paraíso), tive boas propostas de trabalho, conheci pessoas incríveis, ganhei o cachorro dos meus sonhos, e honestamente, não poderia estar mais feliz. Aliás, felicidade não é bem a palavra. Óbvio que eu estou feliz! Mas a palavra certa é gratidão. Pertencimento. Sensação de missão cumprida. Tenho plena consciência de que isso é só o começo de uma jornada muito longa. Mas se isso é o começo, foi um começo com o pé direito! Não foi um ano 10/10, mas foi pelo menos um 8! E isso é gratificante o suficiente pra mim. Nesse momento eu estou escrevendo daqui, na minha cama de frente para a janela do meu quarto, ouvindo o barulho suave do vento passando entre as folhas das palmeiras em meio à chuva, enquanto as crianças dormem tranquilamente no quarto ao lado. Do lado de fora, um silêncio impactante para alguém acostumado com barulhos dos carros e falatórios de bares madrugada adentro. Eu estou tirando férias pela primeira vez em muitos anos. E se isso não é paz, eu não sei o que é. Eu tenho muito a agradecer ao universo por esse ano que está se despedindo. Eu aprendi muito. Cresci muito. Sofri bem menos do que o usual (com base nos anos anteriores) e amei (e fui amada. Reciprocidade ❤) MUITO MAIS do que um dia achei que fosse capaz. Estou encerrando esse ano orgulhosa de mim, e de quem eu estou me tornando. O meu "eu de hoje", é ainda mais foda do que o meu "eu de 15 anos" imaginava que seria. Obrigada universo. Obrigada 2017. Que o próximo ano consiga superar todas as minhas expectativas! Ajayô!

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